quinta-feira, 29 de abril de 2010

As origens se revoltam

Você me julga como se não me conhecesse. Você que me viu crescer, que viu todas as características sendo marcadas em mim. Todos meus medos, traumas, fantasias… Viu mais do que ninguém o que acontecia comigo. E com esses mesmos olhos você me agride agora. Diz que sou tantas coisas, me fere com o superficial. Mas você no fundo sabe todos os meus traços. E prefere ignorá-los agora. E isso me machuca mais do que qualquer comentário vindo de um qualquer. Me corta. Você sabe que sim. Então, continue ignorando a minha verdade… Que eu continuo ignorando a sua.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Conversa de botas batidas

A minha condição é essa. E assim, está tudo bem se eu disser que não vou mudar? Eu sei que me machuca - corrói por dentro. Mas essa sou eu bem em frente de você. Dizendo que não, jamais conseguirei. Eu não saio dessa, você sabe que não. E por que esse olhar de piedade? Eu não decidi ser assim, não tenha pena do que foi feito para ser. Talvez eu aprenda, talvez eu venha a mudar. Muito improvável. E você que já vê esse meu choro e pensa em virar? Vai me abandonar de novo? E dai que eu sou fraca? Não, não me venha com essa que eu tive todas as chances. Você não pode me abandonar. É, tem que ter paciência. Não, não tem como desistir. É, isso. Vou tentar amanhã e depois, mas você sabe que eu não tenho esperanças. Eu não vou mudar.

Essa é a hora que eu me viro de costas para o espelho e sigo.