domingo, 15 de maio de 2011

Sinto-me tão vazia e só sem você aqui para falar no meu ouvido coisas bonitas que me acostumei a ouvir ao longo desses anos que passaram despercebidos pelo nosso nariz... Às vezes sonho que você está aqui, alisando meus cabelos, beijando minha testa e dizendo que amanhã será um dia lindo de outono. E ai você está dormindo no mais tranquilo sono, longe de todo meu coração que sofre essa dor lentamente todas as semanas. De repente vejo um vulto na rua e meu coração dispara, podia ser você. Sento do lado de alguém no ônibus e me pergunto se quando olhar para o lado pode ser você aparecendo repentinamente aqui, onde estou. Você nunca aparece, mas é como se me vigiasse o tempo todo, fizesse careta quando deixo de comer ou soltasse uma risada quando eu falo algo divertido. Quase consigo ouvir sua voz chamando meu nome enquanto ando pela chuva molhando sempre meus pés. E quando volto para casa sempre espero a surpresa de te ver deitado na minha cama dizendo que estava esperando por mim e que demorei demais. Quando ouço essas músicas, sua voz saindo desses fones, parece que vou explodir e morrer. É isso que você me faz, me deixa assim. E choro o dia inteiro tentando negar toda essa realidade e pensar que você não está aqui, está longe e com o coração gelado sem pensar em mim na intensidade que penso em ti. Tento negar para esse sentimento teimoso tantas e tantas coisas sem saber ao certo no que acreditar. Não sei o que é, eu sei que dói.

sábado, 7 de maio de 2011

Senti uma dor, uma dor aqui dentro, uma dorzinha funda que se eu contasse ninguém iria entender. Dor de coisa que passou e não volta. Dor daquilo que morreu e não tem cura. Dor no que eu me transformei e não vou mudar. Dói lembrar daquelas tardes que não acabavam nunca e eram muito boas ao mesmo tempo. Da entrega e do sorriso sincero. Dói lembrar que o tempo carrega o brilho do nosso olhar com ele. E agora dói - mais que tudo - esse vazio que me resta.