sábado, 30 de janeiro de 2010

Sobre estrelas e noites

Eu vi sua história em um livro qualquer. Me chamou a atenção a sua admiração por uma estrela. Aquela menina realmente acreditava naquele brilho. E se abrigava tanto embaixo daquele pequeno ponto de luz no meio da total escuridão. Ela centrava seu olhar no céu. Não precisava mais de nada. Era sua salvação. Sua estrela favorita jorrando esperança por ai. Pegou um cobertor e ficou observando. Seus dias eram duros, mas valia a pena quando chegava a noite. Ela a escolhera. Nas noites nubladas ela poderia imaginar seu brilho por cima das nuvens. Nada apagaria aquela estrela.


You are my never falling star.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Peripécias de um coração rasgado

Então segue assim, sozinha. Ela que nunca soube usar limites. Se afoga rápido em qualquer mar de ilusão. Se machuca como se não tivesse cicatrizes. Ela sente a pressão sobre sua cabeça agora. Está tudo de cabeça para baixo. Não se arrumou. Ela não se mexeu. Continuou apostando naqueles defeitos que rasgam. E a rasgou. Nas ruínas sobraram só coração dilacerado. Coração que não se aventura mais, que explode. Coração que bate lentamente e diz que ainda respira. É ele seu pior inimigo? A menina sempre se perguntava se deveria colocá-lo em tanta ênfase. As pessoas conseguiam tão facilmente ter sua vida racional, enquanto ela era escrava de suas emoções. Intensas, eu diria. Ela chorava tanto e ria alto. Sempre nos extremos. Ninguém poderia entender. Ela era assim. Ela seria assim até seu coração dar o último suspiro, a última ordem.

Quem é mais sentimental que eu?

sábado, 9 de janeiro de 2010

A velha história do se virar sozinho.

Faz tempo que eu tenho lutado por uma utopia tão inalcansável. Eu nunca me bastei. Eu preciso das pessoas. Preciso do calor delas, seus olhares. Até suas reprovações. Preciso que me julguem para eu me lembrar que eu não posso ser julgada. Preciso que me elogiem para eu me aumentar também. Preciso de palavras. Escritas, contadas, não me importa.

Estar sozinha me lembra o espaço. Imagine estar sem nada para nenhum dos lados. Imagine não ter graça. Olhar para o espelho e ele sempre estar de cara feia pra ti. Imagine não ter com quem falar. Qualquer um se desesperaria em frente essa situação. Mas o que divide alguém auto-suficiente de alguém dependente é o tempo que o surto demora para vir. Eu não posso passar uma única tarde sem ouvir nenhuma voz a não ser a minha que eu já me sinto abandonada. Se eu fosse forte o suficiente, riria dos meus próprios pensamentos e cochilaria depois. Mas eu não sou assim.


No entanto não significa que eu não possa mudar. Eu vou mudar. Só não sei quando. Será uma tarefa difícil - ao passo que eu não me acho o suficiente nem para mim.

O macete é me amar. Depois disso todos os problemas irão embora.

Mas... Como?