sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Peripécias de um coração rasgado

Então segue assim, sozinha. Ela que nunca soube usar limites. Se afoga rápido em qualquer mar de ilusão. Se machuca como se não tivesse cicatrizes. Ela sente a pressão sobre sua cabeça agora. Está tudo de cabeça para baixo. Não se arrumou. Ela não se mexeu. Continuou apostando naqueles defeitos que rasgam. E a rasgou. Nas ruínas sobraram só coração dilacerado. Coração que não se aventura mais, que explode. Coração que bate lentamente e diz que ainda respira. É ele seu pior inimigo? A menina sempre se perguntava se deveria colocá-lo em tanta ênfase. As pessoas conseguiam tão facilmente ter sua vida racional, enquanto ela era escrava de suas emoções. Intensas, eu diria. Ela chorava tanto e ria alto. Sempre nos extremos. Ninguém poderia entender. Ela era assim. Ela seria assim até seu coração dar o último suspiro, a última ordem.

Quem é mais sentimental que eu?

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