Então segue assim, sozinha. Ela que nunca soube usar limites. Se afoga rápido em qualquer mar de ilusão. Se machuca como se não tivesse cicatrizes. Ela sente a pressão sobre sua cabeça agora. Está tudo de cabeça para baixo. Não se arrumou. Ela não se mexeu. Continuou apostando naqueles defeitos que rasgam. E a rasgou. Nas ruínas sobraram só coração dilacerado. Coração que não se aventura mais, que explode. Coração que bate lentamente e diz que ainda respira. É ele seu pior inimigo? A menina sempre se perguntava se deveria colocá-lo em tanta ênfase. As pessoas conseguiam tão facilmente ter sua vida racional, enquanto ela era escrava de suas emoções. Intensas, eu diria. Ela chorava tanto e ria alto. Sempre nos extremos. Ninguém poderia entender. Ela era assim. Ela seria assim até seu coração dar o último suspiro, a última ordem.
Quem é mais sentimental que eu?
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