quarta-feira, 5 de maio de 2010

E o tempo?

Foi quando a moça do outro lado do balcão perguntou "Quantos anos você tem?" que eu me perdi naquele momento. Eu não lembrava. Não lembrava do que se passou, das minhas fases. Não lembrava de nenhuma festa de aniversário nos últimos tempos. Não lembrava do meu último "Parabéns para você". Será que eu parei no tempo ou o tempo parou para mim? Como se tudo que passou não fizesse mais parte de mim e o que eu vivo agora é o que realmente existisse. E o que eu vivo agora? Que grande vazio é esse que me preenche a cabeça quando eu penso no agora? E nos últimos três meses o que eu tenho feito? Quantas pessoas falam comigo? Quem realmente sabe de como ocupo meu tempo? Nada fazia sentido. Eu havia parado de contar os dias quando eles começaram a passar repetidos. Solidão, solidão. Nenhum sorriso a mostra, nem uma lágrima para se esconder. Era só a solidão fazendo o tempo. Fazendo as horas, os dias. E não me dera conta de nada. Até agora.

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