domingo, 28 de fevereiro de 2010

A princesa e solidão

A princesa que passara tantos dias trancada em seu castelo resolveu sair esta manhã. Mesmo sabendo dos perigos que residiam por fora dessas paredes espessas, ela saiu para respirar o ar matutino. Seus pulmões se encheram com algo que rimava com liberdade. A brisa estava agradável e o verde do quintal reluzia a luz do sol. Era uma manhã bonita. O céu estava em sua totalidade azul e haviam passáros decorando a trilha sonora da menina. Ela sabia que sentiria falta disso quando entrasse no seu castelo de novo. Era protegido lá. E sólidão. Ela e as paredes se encaravam durante o resto do dia. Ela sabia que doeria mais. Sabia que o cinza iria se tornar mais opaco. Sabia que se ela se entregasse a vontade, a dor seria mais forte.

E mais uma vez, se trancou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário